Capitulo 4

Zac desencostou-se rapidamente do armário o correu para sua sala atender.
– Alô?
Senhor Hanson, é que, bem...
– O que foi?! – disse irritado
Na semana passada, houve um caso igual, idêntico, ao de Diane Ledger.
– Como assim? – franziu a testa
Senhor, na semana passada, uma mulher teve como diagnóstico da morte o suicídio pelo nível de diazepam no sangue. Mas esse tipo de caso, o suicídio, principalmente quando é com remédios, ele tem uma assinatura própria em cada corpo, é difícil tem a mesma quantidade de substância e para cada corpo há uma reação, e, bem, elas têm exatamente a mesma quantidade de diazepam no sangue, e aproximadamente a mesma reação no corpo....
– Então, você quer me dizer que...?
Senhor, eu não sou investigador, nem nada, mas...Eu acho que alguém boicotou os remédios dessas duas.
– Steven, você poderia escrever isso? Essas conclusões para mim? Elas são muito úteis.
Sim, senhor.
– Obrigado. Ah! E o nome da outra mulher, como é?
Cynthia Gorman.
– Obrigado. Até mais. – desligou

Zac sentou-se na sua cadeira e cruzou os braços, colocando uma das mãos sobre a boca, observando o frasco do remédio em cima da sua mesa. George entrou na sala dele, e sentou-se na cadeira a sua frente.
– Era tudo o que você queria, não é?
– Escutou minha linha?
George balançou a cabeça em sinal positivo.
– Eu odeio isso.
– Isso foi coincidência, Zac. Nós temos coisas mais importantes para resolver. Ninguém veio reclamar por ela. Deixe-a descansar agora, rapaz.
Zac ficou em silêncio, apenas o observando. George levantou-se e saiu da sala em silêncio, já sabia que não havia convencido Zachary.
Assim que ele saiu da sala, Zachary pesquisou por Cynthia Gorman e descobriu uma irmã em Nova York mesmo. Anotou o endereço e telefone e os guardou no bolso, desligou o computador e saiu.



Perto das 7 horas da noite, Louise ligou para Julia para combinarem alguma coisa. Louise e Julia eram primas, e sempre fora muito unidas, porém se afastaram um pouco por causa do rumo da vida de cada uma. Moravam em lados opostos da cidade, estudaram em lados opostos da cidade e agora trabalhavam em lados opostos da cidade. O único modo de se encontrarem era se saíssem para jantar, e isso era um hábito que mantinham, pelo menos uma vez por semana.


Zachary foi até a sala de apreensões e procurou pelo remédio. Assim que achou anotou onde era produzido e distribuído. Pegou também a prescrição médica e o nome do psiquiatra de Diane Ledger. Saiu do departamento de polícia e foi até a farmácia mais próxima.
– Ei, amigo, eu quero esse remédio aqui. – mostrou o nome em um papel
– Precisa de prescrição médica, senhor.
– Ah... – tirou o papel do bolso – Aqui.
– Só um instante. – sorriu

Assim que ele voltou Zac olhou bem para a caixinha com a faixa-preta e pensou um pouco. Disse que ia levar e foi até o caixa, com o atendente.
– De onde vocês recebem esse remédio?
– Como?
– Quem fornece?
– Ahn.... – pareceu confuso – Ele vem direto da fábrica. Fica na cidade.
– Ah... – pensou mais um pouco – Quando foi feita a entrega do último lote que vocês receberam?
– Senhor, gostaria de falar com o gerente? – franziu a testa
– Não. Quero manter esse segredinho entre nós, falou? – piscou mostrando discretamente o distintivo
– Ah.. Sim, senhor.
– Então, quando?
– Semana passada, cinco caixas com 25 embalagens cada.
– Ok. Obrigado amigão.
Zac virou-se para sair.
– Ah, tem mais... – voltou ao atendente.
- Sim?
– Você não vai vender mais nenhuma, feito?
- Nem brincando! – riu – Ficou louco?
– Você vai dar um sumiço nessas cinco caixas, está ouvindo? E vai me ligar se o seu chefe pedir mais, entendeu?
- E o que eu vou ganhar com isso? – piscou
– Não vai ser preso por atrapalhar uma investigação da polícia de Nova York. – piscou de volta


Já havia escurecido e Zac acabava de chegar em casa. Antes mesmo de acender as luzes do amplo apartamento ligou a secretária e ouviu os recados, não muitos mas ouviu um que o fez lembrar de Taylor. Ele então pegou o telefone e discou.

Taylor já estava deitado assistindo tv, quando o telefone tocou. Ele deixou tocar três vezes e estendeu a mão por cima da cama para atender, sem mexer o resto do corpo.
– Alô?
– E aí cara?
– E aí...
– Recebi o recado da Brooke...
– ah...que droga.
– Você vai?
– Tem como não ir?
Zac riu apenas
– Você não tem que ir, Zac...
– Eu vou, te faço companhia. – riu – Eu acabei de chegar em casa, acho que não tem nada na minha geladeira, você já jantou?
– Acho que sim. – olhou no relógio
– Okay. Vejo você na sexta, então.
– Até lá.


No outro dia, Zac acordou cedo, iria procurar pela irmã de Cynthia antes do horário comercial.
Atravessou a cidade e chegou ao subúrbio de Nova York. Parou na frente de uma casa antiga, que se assemelhava a uma casa de praia, com um visual limpo e simples.
Zachary caminhou até a porta e apertou a campainha. Em alguns segundos, uma mulher loira bem arrumada atendeu.

- Sim?
– Bom dia, Cloe. Eu sou Zachary Hanson, investigador da polícia. – mostrou o distintivo – Eu queria falar sobre Cynthia Gorman.
A mulher franziu a testa e colocou a mão sobre a boca, abrindo a porta para Zachary entrar.
– Sente-se. – disse indicando o sofá
Zac sentou-se
– Então, o que, qual é o problema?
– Você sabia que sua irmã tomava remédio para insônia?
– Sim.
– Há quanto tempo?
– Alguns meses... – passou a mão na testa tentando lembrar – Por quê?
– Bem, e porque ela resolveu tomar? Ela tinha depressão?
– Não.
– Ela tinha problemas?
– Que tipo de problemas?
– Você sabe, problemas... De todos os tipos. Homens, trabalho, dívidas, vícios...
– Não, ela não tinha problemas! Ela tomava porque não conseguia dormir. Por quê? Ela estava com problemas?
– Não sei, me diga.
– Ela não tinha problemas!! – alterou-se e levantou-se
– Mas o atestado de óbito indica suicídio. – disse no mesmo tom frio
– E daí?!
– Alguém só se mata se estiver enrolado.
– O que quer dizer?
– Sabe de alguma coisa?
– Meu Deus, não! – colocou as duas mãos na cabeça – Porque isso agora? Qual é o problema?
– É importante para uma investigação. – levantou-se
Cloe estava nitidamente abalada, e Zachary não sabia exatamente onde queria chegar com aquilo, mas continuou.
– Que investigação?! Você entra na minha casa, faz perguntas absurdas sobre a minha irmã recém falecida e ainda exige! O que é que você quer?
– Respostas. Você acha que ela se matou?