Capitulo 3

Steven assustou-se com a direta de Zachary.
– Ela teve uma overdose. Tinha uma dosagem alta de diazepam no sangue dela.
– Diazepam?
– É um remédio para ansiedade e insônia. Algumas pessoas ficam dependentes dele. Acho
que foi o caso dela. – Steven gesticulou
Zac pensou um pouco. No frasco do remédio haviam 29 dos 30 iniciais. Onde então estariam os
Outros comprimidos que ela tomou?
Zac virou-se para George.
– E a perícia já terminou lá na casa? Porque eu quero ver o outro frasco de remédio.
– Zachary, você já tem o laudo. Já está aí o resultado.
– Não acredito que ela se matou. – passava a mão pelo queixo enquanto olhava para o chão com a testa franzida.
George olhou para o legista.
– Obrigado Steven. – puxou Zac pelo ombro para saírem
Zac saiu sem dizer nada, apenas mantinha a testa franzida e o olhar vago para baixo, como se visse alguma coisa. Entraram no carro e George começou a dirigir.
– Zac, é chocante esse tipo de coisa, mas acontece. Nem tudo tem uma explicação lógica, nem uma razão para acontecer, a vida dessa mulher, nós não sabíamos como era e...
– Vamos até a casa dela. – interrompeu George.
George olhou para Zachary e virou bruscamente o carro em direção a casa de Diane.



Taylor desligou o telefone, pegou o prato de comida e largou na pia. Aquele assunto lhe tirou a fome. Estava já sem paciência para as missas que lhe tiravam o bom humor por alguns dias.
Ele tomou um banho e se vestiu para ir a academia. Quando saía, o telefone tocou. “Se for a Brooke..” pensou irritando-se.
– Alô!

– Taylor Hanson?

– Sim, quem fala?

– Olá, aqui é da imobiliária. Nós queremos saber se podemos agendar uma visita com possíveis compradores.

Taylor colocara a venda a casa em que viveu com Ellen. Não tinha tempo para cuidar de uma casa tão grande, nem ocupava metade da casa, já que passava entre o quarto, a cozinha e a sala.
– Claro. Quando?

– Eles pediram, se fosse possível, na sexta. Mas isso depende de você.

“Mas que droga!Logo na sexta?!”
– Na sexta fica difícil. Não pode ser no sábado?



Zachary e George chegaram a casa de Diane e os policiais ainda estavam lá. Zachary saiu do carro e bateu com força a porta. Entrou na casa e perguntou a um dos policiais:
– O que vocês acharam?
– A prescrição médica, e estamos procurando a nota fiscal.

Zac mexeu a cabeça positivamente e foi em direção ao quarto de Diane apertando os punhos.
Entrou e observou o quarto apertando os lábios. George veio atrás.
Zachary foi até o criado-mudo ao lado da cama e abriu a gaveta mexendo no que tinha dentro. Tirava o que atrapalhava para fora dela. Abriu mais uma gaveta sem fechar a de cima e fez o mesmo. Depois foi no criado mudo do outro lado da cama e fez o mesmo. Não achando o que queria, bateu com força no criado mudo.
George o observava curioso e impressionado.
– Zac...O que... – Zac passou por ele e George não terminou a frase

Zac abriu o guarda-roupas e o olhou. Depois começou a abrir gavetas e tirar as roupas de dentro para tentar achar os frascos. Fazia tudo ligeiro e irritado. George e mais dois policiais estavam parados na porta sem reação diante daquilo.

Depois de esvaziar o guarda-roupa e não encontrar nada, bateu com força as portas e saiu do quarto de Diane.
George e os outros policiais apenas observavam Zac.

Ele então foi até o banheiro, abrindo as gavetas da bancada e tirou tudo para fora. Abriu o lixo e jogou no chão. Depois foi até a sala e fez o mesmo com o armário. Zachary estava deixando a casa de Diane uma bagunça, por onde ele passava ficavam coisas no chão, e ele não ligava. Terminando a sala, foi até a cozinha, onde fez o maior estrago, atirando com raiva panelas e pratos no chão.
Ainda sem achar o que procurava, Zac foi até a sala, onde estavam todos os outros policiais. Olhou para todos eles e colocou as mãos atrás da cabeça,ficando com a cabeça entres os braços.
Os policiais não queriam olhar diretamente para Zachary, ele obviamente estava fora de si.
– Zac... – disse aproximando-se

Zac apenas olhou para ele.
– Vamos Zac... – colocou a mão sobre os ombros de Zac
Ele levou Zac até o carro sem dificuldade, e dirigiu até a DP. Quando chegaram, George foi com Zac até a cozinha e deu água para ele, ele tomou encostado em um armário, olhando para o chão.
– Zac, tudo bem?
– Ela não se matou, George. Eu sei disso.
– E como você sabe disso?
– George você viu as feições dela? Você por acaso viu como ela estava morta? Viu as roupas na guarda da cadeira, para serem usadas? – gesticulou

George não respondeu, só olhava para Zac. Para ele estava claro, ela havia se matado, não fazia sentido o que Zac dizia. “Esse garoto anda trabalhando demais” pensou.
– E então o que foi?
– Eu não sei, mas eu vou descobrir.
George e Zac se olharam por alguns instantes até que um policial veio chamar zac.
– Zac, telefone par você. É um tal de Steven.